sábado, 2 de julho de 2016

Nefertiti




Dr. Geraldo Rosa Lopes

Uma das mais famosas e carismáticas mulheres da história mundial. A bela e sedutora esposa do Faraó Amenhotep IV – Akhenaton – durante a XVIII Dinastia – no chamado “período Amarniano” – (1364 – 1347 a.C.) – uma das mulheres mais célebres e carismáticas da história, dotada de forte personalidade e que exerceu uma preponderante influência política e social, tanto quanto religiosa, no período histórico em que viveu.
A “Grande Esposa Real” – Nefertiti ou “a bela chegou”, participou ativamente dos acontecimentos que caracterizaram o reinado de Amenhotep IV -, como provam as várias representações no repertório iconográfico do notável período amarniano.
Nefertiti ocupou posições de destaque no âmbito político, social e, principalmente, como grande sacerdotisa do deus ATON, a divindade suprema que brilhava no panteão de Akhenaton. Com seu esposo, participava diretamente dos rituais religiosos, nas cerimônias de oferendas ao seu deus único e nos assuntos relacionados com a administração do estado faraônico.
Era a “Grande Adoradora – “Senhora de todas as virtudes” – “Senhora das Graças”, e sempre estava representada nas artes em companhia de seu marido, em cenas familiares com suas filhas, demonstrando o carinho e seus sentimentos mais puros de amor maternal e de dedicação ao seu deus. Tanto em pinturas, baixos-relevos e esculturas podemos vê-la junto de seus entes queridos ou distribuindo presentes a seus súditos e fazendo oferendas nos santuários de Aton.
Ela foi uma grande rainha e uma devotada sacerdotisa, e não lhe foram poupadas a dor e as vicissitudes da vida, inclusive a perda de uma de suas filhas, e, tampouco, os dramas com os quais conviveu na companhia de seu esposo e de seus amigos.
Nefertiti foi, de maneira indiscutível, uma mulher excepcional, que marcou indelevelmente sua presença na história da humanidade.
Algumas hipóteses consideram-na como de origem asiática, nascida no Mitani, que teria sido enviada ao Egito para casar-se com o faraó. Outras teorias dizem que era filha de um alto funcionário da corte, Ay e de sua mulher Tyy e, neste caso, genuinamente egípcia. Esta última hipótese é a mais aceitável na atualidade.
Há ainda uma outra versão que a considera meia-irmã de Akhenaton e, neste caso, filha de Amenhotep III com uma esposa secundária, a mitaniana Gilukhepa, filha do rei do Mitani.
Grande parte de sua vida ainda permanece como um mistério. Mas, já é quase certa a sua origem egípcia e provavelmente filha do ministro Ay, irmão da rainha Tyi. Seu túmulo até hoje não foi localizado. Entretanto, há ainda muita controvérsia nos meios especializados e os egiptólogos não chegaram a um consenso sobre o assunto.
Quando os egiptólogos da Sociedade Alemã do Oriente escavaram o sítio arqueológico de Tell el-Amarna, a antiga Akhetaton (O horizonte de Aton), encontraram no atelier do escultor Tutmósis várias esculturas. Entre os achados estava o mundialmente famoso busto de Nefertiti, o qual se encontra no Museu de Berlim. A importância política-cultural e religiosa de Nefertiti está bem evidente nas representações artísticas do período amarniano. Sempre representada em cenas de cunho familiar, religioso, fazendo oferendas a seu deus Aton ou, junto com seu esposo, lançando presentes da sacada de seu palácio.
Foi muito amada pelo povo e por todos que com ela conviviam, demonstrando sua forte personalidade de mulher culta e respeitada.
O povo depositava sua fé em Nefertiti e era ela, como sacerdotisa de Aton, quem orientava as oferendas e recitava as preces. Também ela dirigia o clero feminino de Aton.
Nas representações artísticas era qualificada como “Dama das Graças” ou “Senhora de todas as Virtudes”.



Nefertiti Rainha Egípcia






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